Na carência de pontos finais
Todo fim é um vírgula,
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Underneath
I keep pretending not to love you
I keep pretending not to care
I just do things like this
In order to make you mad
I try to keep my defenses
That’s the only way I know
People always told to me
“Man you gotta let her free”
But I just can’t let her go
Oh woman, let me leave you
You keep my thoughts on you
Sometimes our love hurts so good
Other times, in reality
It’s just love and brutality
And we love, and fight and love all over again.
I keep pretending not to care
I just do things like this
In order to make you mad
I try to keep my defenses
That’s the only way I know
People always told to me
“Man you gotta let her free”
But I just can’t let her go
Oh woman, let me leave you
You keep my thoughts on you
Sometimes our love hurts so good
Other times, in reality
It’s just love and brutality
And we love, and fight and love all over again.
sábado, 13 de agosto de 2011
O ovo da serpente
De fora observam
os ingênuos pupilos
formar contra a luz
seu desfigurado algoz.
Do lado de dentro
contorce-se a víbora
a projetar lá fora
uma destruição atroz.
No interstício dos mundos
em seu sustentáculo
a casca aguarda
a grande eclosão.
Na noite soturna
quando o sol se deita
mais nada se enxerga
só escuridão.
A escuridão e seu gemido sibilante
os ingênuos pupilos
formar contra a luz
seu desfigurado algoz.
Do lado de dentro
contorce-se a víbora
a projetar lá fora
uma destruição atroz.
No interstício dos mundos
em seu sustentáculo
a casca aguarda
a grande eclosão.
Na noite soturna
quando o sol se deita
mais nada se enxerga
só escuridão.
A escuridão e seu gemido sibilante
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Declaro
Eu sou a porta batendo
eu sou a rua dizendo
que não há falta de tempo
o que há é excesso de gente
circulando como um bando de penitentes
nessa vida um caos total.
Eu sou o povo sem nexo
sou a palavra perplexa
mirando as ruas repletas
de seres humanos pensantes,
só gritam nos auto-falantes
essas máquinas de carne e osso em pó.
Eu sou um grito supresso
eu sou o respiro deserto
de mil passadas andadas
na estrada muda e calada
de uma gente sem fome de vida
que se alimenta de luz
Eu sou a ultima gota,
o desespero aflorado
uma mulher já sem corpo,
um homem desalojado
de si e do mundo parado
separado por todos nós.
Eu tenho a última voz
eu tenho a última lira
tenho nos punhos cravados
o substrato da ira
vou me arremessando nas faces
quase sem anúncio
Eu sou o irreprimível
o indizível em seu momento instantâneo
em que abandono meu corpo,
em que abandono meus planos
para declarar-me a esse mundo
completamente insano.
eu sou a rua dizendo
que não há falta de tempo
o que há é excesso de gente
circulando como um bando de penitentes
nessa vida um caos total.
Eu sou o povo sem nexo
sou a palavra perplexa
mirando as ruas repletas
de seres humanos pensantes,
só gritam nos auto-falantes
essas máquinas de carne e osso em pó.
Eu sou um grito supresso
eu sou o respiro deserto
de mil passadas andadas
na estrada muda e calada
de uma gente sem fome de vida
que se alimenta de luz
Eu sou a ultima gota,
o desespero aflorado
uma mulher já sem corpo,
um homem desalojado
de si e do mundo parado
separado por todos nós.
Eu tenho a última voz
eu tenho a última lira
tenho nos punhos cravados
o substrato da ira
vou me arremessando nas faces
quase sem anúncio
Eu sou o irreprimível
o indizível em seu momento instantâneo
em que abandono meu corpo,
em que abandono meus planos
para declarar-me a esse mundo
completamente insano.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Fim
não tento. eu simplesmente desisto. porque tentar é para aqueles que são fortes. que vem à vida com braços e troncos largos que se estendem em direção ao infinito. o infinito que não cabe em si. o infinito inenarrável
sou eu a grande fornicadora do vazio. a inutilidade latejante da humanidade irrisória. uma seqüencia de amebas em seus tentáculos profanos. sua cauda maligna ou sua ausência de qualquer apêndice. sua estaticidade permanente de criatura viva.
cansei dos vórtices das horas na suspensão dos dias. cansei das caminhadas, dos esforços e da frialdade inorgânica das paredes de cimento fresco. seu gosto poroso pelas frestas escuras. seu cheiro ácido nas manhãs de desespero. espero paciente pela quietude sacramental das angústias diárias. destilando seus venenos no raso da boca e ao largo dos seios.
não me concebo. não me concebo em absoluto. todos aqueles sons, aquelas cores, aqueles seres múltiplos a circunvoluntear pelo teto e pelos meus pêlos. que saíam e tomavam a forma de uma outra coisa que saía deles para devorar-me. de instante em instante aquela repetência claustrofóbica entre os dentes.
venha. estou preparada. a coragem dos loucos é o apetite da ignorância. e as criaturas se alimentam da ignorância. quero seus dentes, sua língua, sua garganta e toda a escuridão que lhe prossegue. o cheiro das borboletas enclausuradas na arcaica dimensão de seu estômago. pois não às libertarei. dormirei o sono augusto. uma hora, creio incólume, a grande baleia também morrerá. a criatura leviatânica. e eu. eu serei novamente uma ameba dura na relutância do dia.
no mormaço das horas sinto os pulsos palpitantes. sinto a necessidade do outro. mas o outro não vem. e na ausência do outro eu seguro o alheio. mas o gosto do alheio não me agrada. é comum. ordinariamente comum. um gosto quase próprio. um gosto de mim. o gosto insuportável de mim. não agüento. não agüento mais o tardar do povir. é dada a hora de ser maior que si. sem relutância. Desisto
sou eu a grande fornicadora do vazio. a inutilidade latejante da humanidade irrisória. uma seqüencia de amebas em seus tentáculos profanos. sua cauda maligna ou sua ausência de qualquer apêndice. sua estaticidade permanente de criatura viva.
cansei dos vórtices das horas na suspensão dos dias. cansei das caminhadas, dos esforços e da frialdade inorgânica das paredes de cimento fresco. seu gosto poroso pelas frestas escuras. seu cheiro ácido nas manhãs de desespero. espero paciente pela quietude sacramental das angústias diárias. destilando seus venenos no raso da boca e ao largo dos seios.
não me concebo. não me concebo em absoluto. todos aqueles sons, aquelas cores, aqueles seres múltiplos a circunvoluntear pelo teto e pelos meus pêlos. que saíam e tomavam a forma de uma outra coisa que saía deles para devorar-me. de instante em instante aquela repetência claustrofóbica entre os dentes.
venha. estou preparada. a coragem dos loucos é o apetite da ignorância. e as criaturas se alimentam da ignorância. quero seus dentes, sua língua, sua garganta e toda a escuridão que lhe prossegue. o cheiro das borboletas enclausuradas na arcaica dimensão de seu estômago. pois não às libertarei. dormirei o sono augusto. uma hora, creio incólume, a grande baleia também morrerá. a criatura leviatânica. e eu. eu serei novamente uma ameba dura na relutância do dia.
no mormaço das horas sinto os pulsos palpitantes. sinto a necessidade do outro. mas o outro não vem. e na ausência do outro eu seguro o alheio. mas o gosto do alheio não me agrada. é comum. ordinariamente comum. um gosto quase próprio. um gosto de mim. o gosto insuportável de mim. não agüento. não agüento mais o tardar do povir. é dada a hora de ser maior que si. sem relutância. Desisto
terça-feira, 12 de abril de 2011
Looking Glass
She was looking into the looking glass
Trying to find her eyes, she has lost them there
But she couldn’t find... ‘cause somebody else must have taken them
She was passing by someone else’s fields
Trying to find strawberries on these hills
But she couldn’t find... ‘cause somebody else must have burned them
So she started to cry, looking for some guy
to take her away from this tiny town
and so he appeared
looking for someone to love
He was looking for someone else to love
so he found her eyes, how could he realizes?
all he wanted was to keep them always with him
So he was looking for some gift to his love
But all he could find was a moody crowd
Of strawberries. So he let them all get in fire
So he stopped to try
'till he's realized
she was just by the other side...
Crying waterfalls
Waterfalls
Waterfalls
Waterfalls
Waterfalls...
(So he got closer, and put his hands over… her hands)
Trying to find her eyes, she has lost them there
But she couldn’t find... ‘cause somebody else must have taken them
She was passing by someone else’s fields
Trying to find strawberries on these hills
But she couldn’t find... ‘cause somebody else must have burned them
So she started to cry, looking for some guy
to take her away from this tiny town
and so he appeared
looking for someone to love
He was looking for someone else to love
so he found her eyes, how could he realizes?
all he wanted was to keep them always with him
So he was looking for some gift to his love
But all he could find was a moody crowd
Of strawberries. So he let them all get in fire
So he stopped to try
'till he's realized
she was just by the other side...
Crying waterfalls
Waterfalls
Waterfalls
Waterfalls
Waterfalls...
(So he got closer, and put his hands over… her hands)
sábado, 9 de abril de 2011
Do silêncio e suas reticências
Ela não me disse nada
Enquanto eu me desesperava
Despia-me das meias palavras
Euforia me tomava.
Cada gole outra miragem
Não deu margem à incerteza
E enquanto tudo inacabado, acabava
Todos nós por ela mesma.
Mas deixo meus olhos
Deixo meus olhos por perto
Pra poder derramar em seus ombros
Os meus mais íntimos afetos
Enquanto eu me desesperava
Despia-me das meias palavras
Euforia me tomava.
Cada gole outra miragem
Não deu margem à incerteza
E enquanto tudo inacabado, acabava
Todos nós por ela mesma.
Mas deixo meus olhos
Deixo meus olhos por perto
Pra poder derramar em seus ombros
Os meus mais íntimos afetos
segunda-feira, 28 de março de 2011
Guerra
Pela madrugada se ouvem abatidos os estilhaços do som
Ouvem-se estrondos e silêncios em fragmentos de escuridão
Sofrem ressentidos os gemidos, sem vozes nem ouvidos
Movem-se em aleatórios sentidos pelo ar em dispersão
No alvoroço da multidão, um dia antes do dia de domingo.
Foi como se o céu desabasse sobre os ombros cansados de mim
Enfermos das febres alheias, estrangeiros das terras distantes
Cantam lamúrias aos ouvidos dos surdos
Gritam a insensíveis muros
Toda imensidão de uma noite
Reduzida a sussurros.
Ouvem-se estrondos e silêncios em fragmentos de escuridão
Sofrem ressentidos os gemidos, sem vozes nem ouvidos
Movem-se em aleatórios sentidos pelo ar em dispersão
No alvoroço da multidão, um dia antes do dia de domingo.
Foi como se o céu desabasse sobre os ombros cansados de mim
Enfermos das febres alheias, estrangeiros das terras distantes
Cantam lamúrias aos ouvidos dos surdos
Gritam a insensíveis muros
Toda imensidão de uma noite
Reduzida a sussurros.
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