segunda-feira, 28 de março de 2011

Guerra

Pela madrugada se ouvem abatidos os estilhaços do som
Ouvem-se estrondos e silêncios em fragmentos de escuridão
Sofrem ressentidos os gemidos, sem vozes nem ouvidos
Movem-se em aleatórios sentidos pelo ar em dispersão
No alvoroço da multidão, um dia antes do dia de domingo.

Foi como se o céu desabasse sobre os ombros cansados de mim
Enfermos das febres alheias, estrangeiros das terras distantes
Cantam lamúrias aos ouvidos dos surdos
Gritam a insensíveis muros
Toda imensidão de uma noite
Reduzida a sussurros.

Um comentário:

Laís disse...

Me assustei quando vi que seu blog tinha texto novo!

E voltou forte. Bem, eu achei forte! Cada frase do texto produz imagens completamente distintas. Então eu termino de ler e vejo a guera. Bem escrito, como você costumava fazer ^^


Ah, e "Sofrem ressentidos os gemidos, sem vozes nem ouvidos" achei foda =)