Dois momentos distintos, distantes
Dois segundos alterna-os num verso
Dois destinos comuns, é certo
A dualidade e seu compasso (des)conserto
Da aquarela retira vida movimento
E do movimento atiras luz ao pensamento
É do sonho que lhe tomam as idéias
Que escreves no papel à tua frente
Vês no traço passo laço pro infinito
Envolvendo estrelas nuas nas palavras do vazio
O que buscas não é amor ou sofrimento
É a conclusão do momento, o escrito
Faz do ponto seguro porto de sentidos
E dos sentidos, todos os seus instantes.
Faz da alma alegria cristalina
Transparecendo seus mais profundos desejos
Toma posse de sua pena e declina
– no mar suave de linhas transbordantes –
Não só a vida, de alheio dono
Como o que lhe é alheio em sua própria vida
Laís Leite / Mário da Mata
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
domingo, 14 de setembro de 2008
sábado, 13 de setembro de 2008
Saudades
Teus olhos cinza cimento
Incrustados na tez da calçada
Meus lábios de amores sedentos
Implorando o fim da estrada
Incrustados na tez da calçada
Meus lábios de amores sedentos
Implorando o fim da estrada
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Catástrofe
Dizia que o tempo não tem idade
Pois tinha a idade do tempo
Queria do tempo a eternidade:
Morreu de tempo: tempestade.
Pois tinha a idade do tempo
Queria do tempo a eternidade:
Morreu de tempo: tempestade.
Assinar:
Postagens (Atom)