sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Tributo à estrela desaparecida


Hoje ninguém sabe a estrela.

Não, ninguém sabe.

Não se sabe sua procedência nem sua magnificência,

Pois a estrela em sua essência é desconhecida dela mesma.

Ela e seus braços raios de luz,

Ela e seu brilho de sombra esquecida no canto celeste, escuro.


Hoje ninguém sabe a estrela.

Ninguém sabe seu rastro ou seu paradeiro.

Só se vê no horizonte um reflexo, um espelho.

Daquela estrela que nunca foi vista.


Porque ninguém viu a estrela.

Nem os outros,

Nem ela mesma.


E hoje era estrela.

E hoje é um rastro,

Um brilho, um traço remoto na atmosfera.


Porque não há mais estrela,

Nem sequer sua explosão.

Hoje a estrela explodida caminha perdida em direção aos nossos olhos sedentos de luz.

Mesmo quando não existe luz.

Mesmo quando os olhos são apenas olhos perdidos.

Mesmo quando os raios só atingem a terra seca.

E a estrela nunca vista,

Se derrama esquecida,

Na frialdade do chão.


Hoje, ninguém sabe a estrela.

E meus olhos permanecem perdidos

Esperando uma gota de luz.

4 comentários:

Unknown disse...

o que é a estrela? 0o.
achei bonito, mas nao sei se peguei oq vc quis dizer.

Mário da Mata disse...

A estrela, é uma estrela.

Anônimo disse...

VAGAMUNDEANDO... dedos nervosos, dedos nervosos...


É isso, gosto; único período de novo, corre melhor a leitura, blocos; ah, já ouviu a da pedra, não é, que era apenas uma pedra, e só; pois então, é isso, estrela... estrela, sem menos, até mais; o que me atinou foi me ter parecido estrela-poeta, algo (quem sabe um ser) que não crer ser o que é, ou talvez o fingimento (olha aí o nosso grande fingimento, hein, como tinha falado, tá lembrado, né, agora vou ser irôôôôôôôônico.. hahaha) pra si próprio de não ser, sendo (entendeu, nem eu!); é a negação do ser, a negação dissimulada, interiormente contestada: digo não ser, mas sou; loucura, embolou foi tudo agora, tem problema não, você entende, sem querer ser Joyce, sendo eu, você entendeu, não é, senão o objetivo de meu comentário não se consuma; voltemos, finalizando (seus textos me deixam dedos doidos, aí te jogo no meu fluxo de inconsciência, culpa sua, vê a bagaceira que sai, logo quando termino minhas leituras malucas alí na cadeira confortável, ficazuretado): quem sabe estrela seja fênix, assim espero, sem olhar vago do alheio, banal; e como sempre eu sito algo que gosto e que num gosto, ei-los:
“E hoje era estrela.” ficou muito bom, lembra narração de poemas infantis, gosto desse ‘hoje era’, ‘agora era’, ‘ontem sou’, ‘amanhã fui’, parece delírio, irreal, sei lá, é massa; agora se há duas palavras que repugno, “procedência” e “magnificência”, são, eca (perdão, brogda, mas são intragáveis pra mim, mas gosto que outras pessoas usem preu saber que elas tão vivas), tirando essas, estrela sabe que é estrela, finge; ufa! cansei agora, posta mais aqui, gosto de comentar seus textos, “dedos nervosos, dedos nervosos, malucos, incansáveis, enfim TOCados”.

Abraços, Brgd.

Xndi.

Anônimo disse...

sempre há um erro, pooooor...

CITAR*