quarta-feira, 30 de maio de 2012
As Horas
O que faço eu, com o tempo imenso entre nós dois?
Que a vida contabiliza em seu ritmo marcial?
Marcando em ínfimos ponteiros, as viradas de janeiros
Que acontecem o ano inteiro, sem trégua de carnaval?
Eu convivo diariamente com a ameaça de um final
O qual anseio, se proceda, num momento tão depois
Marcando em meu desespero, marcando-me por inteiro
Mas só quando não houver mais meio, de vigiar o que se sobrepôs...
“Há sempre os anos entre nós
Sempre os anos,
Sempre o amor,
Sempre as horas”.
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